28/03/2022 às 19h25min - Atualizada em 28/03/2022 às 19h25min

Feira literária vai movimentar cultura e turismo no Pontal da Barra

Por Redação - Rodrigo Gomes
Rede alagoana de notícia

O bairro do Pontal da Barra sempre foi sinônimo de cultura e turismo na capital alagoana, com diversos pontos comerciais, constituídos de lojas de artesanato e restaurantes, que levam para maceioenses e visitantes o melhor da gastronomia alagoana.

A marca principal que caracteriza a cultura e os hábitos da comunidade é o bordado filé, tradição artesanal que é passada de geração em geração e se tornou patrimônio imaterial de Alagoas, desde 2014, sendo reconhecido pelo Conselho Estadual de Cultura.

Com o apoio da Prefeitura de Maceió, a IV Feira Literária do Pontal da Barra vai movimentar, entre os dias 30 de março e 1º de abril de 2022, um dos bairros turísticos mais tradicionais da capital. Esta edição tem como tema ‘A História e a Contação de História’ e está sendo organizada pela Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) e Associação Alagoa do Sul.

A artesã, Patrícia Régia, é um dos exemplos de que o aprendizado do filé está presente entre as gerações de sua família, começando pela a avó, depois a mãe, até chegar em Patrícia que já trabalha com o artesanato há mais de 25 anos.

“Com a Flipontal, a gente espera que melhore o movimento, já que vem muita gente de fora e, mesmo sem comprar, essas pessoas divulgam o nosso bairro e fazem com que mais pessoas conheçam a nossa história e arte”, destaca a artesã.

Artesã, Patrícia Régias. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

Artesã, Patrícia Régias. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

Artesã, Patrícia Régias. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

A feira literária vai envolver os estudantes da rede de ensino municipal do bairro, a exemplo da Escola Municipal Silvestre Péricles, que será uma das bases para as atividades da Flipontal.

“Estamos confiantes que a Flipontal vai ser um momento de renascer para o bairro, de resgate mesmo”, diz a coordenadora pedagógica,Maria Gildete Ramos.

Em um fim de tarde, sentada em meio ao movimento da via principal do bairro, Glaycianne Vieira dos Santos, tecia os fios do filé com destreza, interrompendo seu ritmo ocasionalmente para recepcionar algum cliente. Ela está otimista com a realização da feira literária.

“A gente precisa muito dar uma movimentada no bairro, e espero que depois da Flipontal as coisas melhorem”, revela a artesã.

Atividades com os estudantes

Na Escola Silvestre Péricles, os alunos preparam atividades para apresentar durante a Flipontal, como a histórias de tradições da comunidade.

A diretora de escola, Ivaldene da Silva, participou da organização das últimas edições da feira. Ela fala da expectativa para o evento.

"Temos uma participação muito forte da comunidade nas atividades e todos estão muito ansiosos com os resultados que são esperados como no comércio”, enfatiza.

Uma das alunas do 9º ano do Ensino Fundamental, Luane Vieira, preparou uma história sobre o sururu. “Envolve uma maldição de uma família, um roteiro de teatro de assombração. Complementando, também vamos falar sobre o habitat, a morfologia e o consumo do sururu aqui no bairro”, revela a estudante.

Peças artesanais de filé. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

Peças artesanais de filé. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

Peças artesanais de filé. Foto: Luan Oliveira (estagiário)/Ascom Semed

A comerciante, Rosana Maísa, espera incrementar as vendas com a realização da Feira Literária. "Estamos todos esperando um movimento maior, já que no último ano que teve a feira, as vendas melhoraram bastante, e sempre mais pessoas conhecem o bairro”, conta.

O professor, Dilson Costa, está trabalhando com seus alunos algumas atividades escolares para a Flipontal. "Vai ser um momento da gente se reencontrar, de uma maneira muito legal, com a leitura, a arte, a música”, diz.


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