Após o leilão dos serviços de saneamento, ocorrido em setembro de 2020, a assinatura do contrato, em dezembro, e seis meses de operação compartilhada, a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal) inicia, a partir desta quinta-feira (1º), uma nova forma de trabalho em 10 cidades da chamada Região Metropolitana de Maceió (RMM).
Nesses locais, conforme previa o edital do leilão e o contrato assinado pelo Governo do Estado, a Companhia fica responsável pela captação da água bruta nos mananciais e pelo tratamento do líquido nas respectivas Estações de Tratamento de Água (ETAs).
A empresa BRK Ambiental, vencedora do leilão, por sua vez, ficará responsável pela distribuição da água e pelos serviços de esgotamento sanitário. A mudança vale para as seguintes cidades: Maceió, Barra de São Miguel, Paripueira, Messias, Rio Lago, Murici, Satuba, Coqueiro Seco, Santa Luzia do Norte e Pilar.
Nesses locais, todos os serviços aos clientes passam a ser feitos pela nova concessionária a partir do dia 1° de julho, entre os quais os seguintes: emissão de fatura em formulário próprio; reclamação sobre falta de água; retirada de vazamentos; recomposição asfáltica; mudança de titularidade; contestação do valor da conta; transbordo de esgoto; pedido de ligação nova; solicitação de segunda via de conta; entre outras demandas.
As cidades de Marechal Deodoro, Barra de Santo Antônio e Atalaia também fazem parte da RMM, porém, elas não eram atendidas pela Casal por possuírem os Serviços Autônomos de Água e Esgoto (SAAEs), os quais foram incorporados integralmente pela BRK, ou seja, nessas localidades a Casal não terá nenhuma atuação.
Por meio desse novo modelo de atuação, a Companhia fica responsável pela captação e tratamento da água, que será repassada para o parceiro privado distribuir aos clientes das 10 cidades da RMM durante os 35 anos da concessão.
A partir da entrada em operação do parceiro privado, há um prazo, conforme estabelecido no edital, de seis anos para que haja a universalização do fornecimento de água e de até 16 anos para que haja a universalização do esgotamento sanitário em toda a Região Metropolitana de Maceió, que totaliza 13 municípios, incluindo a capital. O investimento esperado é em torno de R$ 2,6 bilhões, que será captado e investido pelo parceiro privado.