Aluna do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Doutor Antônio Mário Mafra, no bairro da Levada, parte baixa de Maceió, a pequena Lorena Sophia, de apenas 5 anos, tem encantado a internet com vídeos ensinando libras.
Lorena nasceu com surdez severa profunda nos dois ouvidos e faz uso de aparelho auditivos. Através das redes sociais, ela encontrou um jeito de aprender libras e também de ensinar aos familiares, de uma forma diferente e interativa, além de relatar situações vividas diariamente.
Segundo a mãe de Lorena, Juliane Grigorio, a ideia dos vídeos surgiu para ajudar na comunicação com a filha e também com os parentes, que nunca tiveram contato com uma pessoa surda.
“Quando ela chegava da aula, eu gravava [o vídeo] e mandava no grupo da família pra que eles aprendessem junto com ela. Depois, eu passei a procurar por conta própria sinais para poder ajudar as pessoas a aprenderem”, contou Juliane.
Nos vídeos, gravados com o auxílio da mãe, Lorena, com muita simpatia e carisma, ensina o alfabeto e palavras usadas no ceio familiar, como “pai”, “tia” ou “vovó”.
No ano passado, antes do início da pandemia da Covid-19, Lorena ingressou no CMEI Mário Mafra e, hoje, no segundo período, conta com o acompanhamento de professores e intérpretes de libras da rede municipal, ainda de forma remota, para se desenvolver e aprender.
A técnica em Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Daniella Lins, explica o trabalho que é desenvolvido com a pequena Lorena. “A professora passa as atividades, por enquanto de forma remota, e o intérprete coloca a janelinha e faz as interpretações e orientações à mãe. E, mediante essa interação, a informação chega à aluna para que ela possa desenvolver as atividades propostas pela turma regular”, explicou.
Daniella Lins pontua, ainda, que o Município visa sempre a inclusão da criança com deficiência nas unidades de ensino. “Os alunos de qualquer deficiência têm vaga garantida nas escolas municipais. De acordo com a necessidade de cada estudante, são ofertados a eles recursos, estratégias e atividades diferenciadas, e também profissionais. No caso da Lorena, que é surda, nós oferecemos um intérprete que faz toda a mediação”, informou a técnica em Educação Especial.
A mãe explica que as atividades geralmente são lúdicas. “As aulas vêm em vídeo ou em áudio, com as devidas orientações da professora, mas, antes, ela sempre manda uma história ou música, que é seguida por uma tarefa”, disse Juliane Grigorio.
Fonte: Ascom Semed