A autoridade de saúde da Holanda informou na 6ª feira (26.nov.2021) que 61 passageiros vindos da África do Sul foram diagnosticados com covid-19 na chegada ao país. Ainda não se sabe se parte das infecções foi pela nova variante do coronavírus, batizada de ômicron.
O número assustou o governo, já que representa mais de 10% dos turistas que chegaram do país africano na 5ª feira (25.nov), 1 dia antes de Amsterdã suspender os voos a partir da África Austral –parte sul do continente. Foram 2 voos com cerca de 600 passageiros que pousaram no Aeroporto de Schiphol, em Amsterdã, um dos mais movimentados da Europa.
Como medida de precaução, a Holanda manteve os passageiros isolados no aeroporto, aguardando a contraprova dos testes de covid-19, já que alguns podem ter acusado um falso resultado positivo. Antes de embarcar na África do Sul, todos os passageiros apresentaram um teste negativo feito até 24 horas antes dos voos.
“Os viajantes com um resultado positivo no teste serão colocados em isolamento em um hotel próximo a Schiphol […] Dos resultados de teste positivos, estamos pesquisando o mais rápido possível se eles são da nova variante de preocupação, agora chamada de ‘ômicron'”, disse, em nota, o órgão de saúde holandês.
As amostras dos infectados foram levadas a um hospital universitário próximo ao aeroporto para fazer a análise genética.
Com a nova diretriz assinada pelo primeiro-ministro Mark Rutte, mesmo os passageiros não infectados que estiveram em um dos países africanos com restrições precisarão passar por uma quarentena obrigatória antes de entrar na Holanda. Esta pode ser feita em um hotel pré-determinado pelo governo ou em casa –se o viajante morar sozinho.
Na 6ª feira (26.nov), a OMS (Organização Mundial da Saúde) classificou a nova cepa como uma “variante de preocupação”, de maior risco em uma escala de 3 níveis. Ela se junta à predominante delta e às cepas alfa, beta e gama.
A cepa foi inicialmente detectada na África do Sul, mas já se espalhou por países vizinhos. Ela também já foi confirmada em outros continentes, com os primeiros casos sendo registrados na Bélgica (Europa) e em Israel (Ásia).