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06/01/2022 às 23h40min - Atualizada em 06/01/2022 às 23h40min

Covid-19 ou H3N2? Especialista explica diferenças entre as duas infecções

Por: Redação - Rodrigo Gomes
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A coexistência da pandemia de Covid-19 e de um novo surto de influenza pode dificultar a identificação de casos, por apresentarem sintomas semelhantes. Para auxiliar no diagnóstico correto, o médico infectologista Renee Oliveira, que atua no PAM Salgadinho, respondeu, por meio da assessoria de Comunicação da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), as principais dúvidas em relação às duas doenças, como sintomas, formas de proteção e população mais afetada.

Tosse, febre, dores de cabeça e nas articulações são sintomas que têm confundido muitas pessoas nas últimas semanas. Os sinais podem ser indicativos tanto de Covid-19 quanto de H3N2, variante do vírus influenza A. As duas doenças respiratórias, por apresentarem muitas semelhanças, podem dificultar o diagnóstico de quem for acometido por um quadro de síndrome gripal.

Para auxiliar no diagnóstico correto, é preciso conhecer os sintomas de cada infecção, além de realizar exames específicos que ajudam nessa identificação.

Confira:

Como diferenciar os sintomas da Covid-19 e da influenza?

É preciso deixar claro que diferenciar uma doença da outra é difícil, pois os sintomas das duas são muito parecidos. Porém, existem sinais que apresentam uma tendência de serem mais presentes em uma patologia que em outra. Por exemplo, a temperatura mais elevada é mais frequente em casos de gripe, assim como tosse seca, coriza, dores musculares e dores de cabeça. Se os sintomas se arrastam por um tempo mais longo, tende a ser Covid-19, que também tem como sintomas o cansaço e a tosse mais persistente.

Quando o paciente apresenta um quadro forte de síndrome gripal, e principalmente com elevação de temperatura por tempo prolongado (que é indicativo de influenza), é importante fazer a pesquisa para as duas patologias por meio de exames específicos, que vão identificar a presença do SARS-CoV-2 para os casos de Covid-19 ou de algum outro vírus que provoque a influenza A ou B. Os exames são o SWAB (para Covid-19) e o Painel Viral, que busca analisar os vírus respiratórios que causam as síndromes gripais.

O que fazer se houver uma dupla infecção (coinfecção), por gripe e Covid-19?

Quando a pessoa contrai os dois vírus ao mesmo tempo, os sintomas serão simultâneos e não há uma diferenciação muito grande. O paciente pode ter febre alta e súbita, principalmente na influenza, e terá dor no corpo nas duas infecções, tosse e dor nas articulações. Com a nova variante Ômicron, ele pode ter dor de garganta, rinite e/ou sinusite, então, não existe como fazer a diferença apenas pelos sintomas, sem um exame.

A “Flurona”, que é a existência dos dois vírus na mesma pessoa, não é algo difícil de acontecer, pois a via de transmissão é a mesma e a forma de contágio, também. O paciente se contamina pela fala, saliva, contato, objetos contaminados que levam à boca. E sendo infectado pelos dois vírus, vai apresentar sintomas dos dois.

Qual o público mais vulnerável?

Em casos de Covid-19, mas principalmente em casos de gripe, alguns grupos merecem atenção especial. As crianças menores costumam ser mais atingidas pela gripe que pela Covid-19. A sintomatologia nesse público e o quadro clínico podem evoluir de maneira mais preocupante para uma pneumonia, uma otite ou um quadro respiratório mais sério.

Outros dois grupos que também merecem atenção especial são os idosos e as gestantes, tanto para a gripe quanto para a Covid-19, que podem evoluir para quadros mais graves. Com base nisso, evidencio a necessidade e a importância da vacinação, que garante uma proteção para esses grupos que são predispostos a evoluir.

Como se proteger tanto da gripe quanto da Covid-19?

A explosão de casos da H2N3 tem uma relação muito próxima com a baixa adesão às medidas de proteção individual e distanciamento social. A diminuição de casos de Covid-19 e o relaxamento dessas medidas mostraram o quanto elas são importantes, pois, por ironia, foi exatamente nesse momento que explodiram os casos de influenza.

O tempo em que ficamos livres de quadros de gripe de intensidade maior denota que a nossa população estava obedecendo as regras de proteção contra a Covid-19. Esses protocolos também foram muito úteis para o vírus da gripe. Quando foram deixadas de lado, tanto a Covid reapareceu com maior intensidade quanto essa nova cepa da influenza. É preciso retomar as medidas de proteção, pois a preocupação é dupla.

Quais são os cuidados necessários, em caso de infecção?

Os cuidados para a recuperação do paciente, nos dois casos, não mudam muito. É necessário o isolamento, o distanciamento social, a higienização das mãos, o uso de máscara, hidratação, repouso e fármacos para aliviar a sintomatologia.

Para casos leves de síndromes respiratórias, os usuários podem procurar as Unidades Básicas de Saúde. Já para quadros mais graves, tanto de gripe quanto de Covid-19, os usuários deve procurar as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

Fonte: Cadaminuto


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