18/04/2022 às 15h18min - Atualizada em 18/04/2022 às 15h18min

Veterinários do GGI Causa Animal alertam sobre medidas preventivas para evitar carrapatos e pulgas

Por Redação - Rodrigo Gomes
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O Gabinete de Gestão Integrada de Políticas Públicas para Causa Animal (GGI-CA) tem atuado junto a sua equipe executando ações e projetos voltados para a saúde e bem-estar dos animais do Município. Um dos casos que requer a atenção dos tutores é a prevenção para que os animais não tenham pulgas e carrapatos.

A médica-veterinária Maria Clara Carlos, que compõe a equipe do Gabinete da Causa Animal, fez um alerta sobre o assunto, que é um problema muito comum na vida de cães e gatos, principalmente em períodos mais quentes.

Como explica a profissional, tanto os pets que convivem em coletivo, como os que tem poucos contatos com outros animais também estão suscetíveis a esses parasitas, que causam desde uma simples coceira até a transmissão de doenças infecciosas graves.

"Esses ectoparasitas são danosos à saúde dos animais. Apenas 5% desses parasitas ficam aparentes, os 95% demais ficam no ambiente. Por este motivo, o tratamento apenas nos cães e nos gatos não é eficaz, sendo necessário aplicar o Controle Integrado, que consiste em tratar os animais e realizar a higienização do ambiente de forma simultânea", detalha.

Pulgas e alergias

Animais domiciliados podem se coçar esporadicamente, mas se a coceira for frequente, o animal pode estar infestado por pulgas. Mesmo que o cão ou gato fique em ambiente fechado a maior parte do tempo, as formas jovens destes parasitas (ovos e larvas) podem ser levados para dentro das casas nos sapatos ou em objetos, por exemplo. Já em um passeio, mesmo que rápido, pulgas jovens, que acabaram de sair de seus casulos, podem pular no animal e, a partir disso, começar uma infestação rapidamente. Já que, após a alimentação e acasalamento, as fêmeas das pulgas podem depositar até 50 ovos por dia no hospedeiro.

“Além do incômodo e da coceira por conta da picada das pulgas ou carrapatos, os animais podem sofrer com doenças que colocam em risco sua saúde. A DAPE (Dermatite Alérgica à Picada de Ectoparasitas) é uma doença dermatológica alérgica muito comum em cães e gatos e deve sempre ser considerada como um agravante nos casos de infestações por estes parasitas”, relata Maria Clara.

Carrapatos e as doenças transmitidas

Os carrapatos também são ectoparasitas muito comuns. No entanto, eles são muito resistentes no meio ambiente, podendo sobreviver durante meses sem se alimentar. A fêmea adulta chega a depositar no ambiente mais de 3 mil ovos de uma só vez. Entre idas e vindas em hospedeiros (cães e, eventualmente, gatos) e o ambiente, a chance de transmissão de doenças infecciosas é aumentada, já que o carrapato pode, durante sua evolução, alimentar-se de vários animais, até mesmo de seres humanos.

Dentre as doenças mais comuns que podem ser transmitidas aos cães, estão a erliquiose e a babesiose.

A primeira é causada por uma bactéria e transmitida para o cão quando o carrapato se alimenta de seu sangue. Essa bactéria leva a alterações das células do sangue, podendo causar anemia e plaquetas baixas, sendo comum que os animais apresentem sangramentos pelo nariz, olhos e na pele (caracterizado por pontinhos vermelhos, conhecidos como petéquias). Outros sintomas possíveis são emagrecimento, falta de apetite, cansaço e febre.

Já a babesiose é causada por um protozoário que destrói os glóbulos vermelhos, causando anemia. Como as células vermelhas são responsáveis por carregar oxigênio para todo o organismo, a anemia severa poderá comprometer esta entrega e o animal pode sofrer com fraqueza, cansaço e falta de ar. Mucosas pálidas e até amareladas por conta da anemia, febre, falta de apetite, perda de peso e aumento de volume abdominal também podem ser observados. Em casos mais graves pode haver comprometimento de rins e fígado.

Cuidados e prevenção 

Alguns tratamentos matam os carrapatos, já outros podem ser usados para a prevenção. Os produtos agem de diferentes formas, então o ideal é que o tutor converse com o médico-veterinário para verificar o que é mais indicado para o animal. Além dos cuidados com o animal, é preciso estar atendo ao ambiente, já que produtos comuns de limpeza não eliminam carrapatos. Por esse motivo, ao notar a presença desses parasitas, é importante providenciar a limpeza do local com produtos específicos carrapaticidas para o ambiente.

“Ao manter o pet protegido, o tutor elimina as chances de o animal ser infestado, evitando que ele e todos que convivem na mesma casa sofram com os problemas causados por pulgas e/ou carrapatos. Diante disso, é importante identificar qual o estilo de vida do animal para adequar a melhor proteção (coleira, topSpot, comprimido mastigável, etc), ao tipo de desafio que o pet enfrenta no dia a dia, seja ele mais ativo, saindo de casa em passeios frequentes e participando de viagens com o tutor; ou mais caseiro, com baixo contato com outros pets. Em caso de dúvidas o tutor deve procurar sempre o médico-veterinário”, finaliza a médica-veterinária.


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