As escolas municipais de Maceió têm realizado ações e atividades que estimulam a valorização da identidade cultural dos estudantes. Algumas dessas ações fazem parte do projeto "Reconhecendo a minha identidade", criado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed), por meio da coordenadoria geral da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI). O objetivo é estimular o aluno na busca pela origem e o significado do seu nome, fazendo com que ele desenvolva uma plena consciência de sua história e cultura.
Entre as atividades executadas no projeto, estão as de pesquisa por fatos históricos dos países que marcaram uma linha do tempo do nascimento do estudante aos dias atuais, a construção de uma árvore genealógica dele, observação da carteira de identidade e a contação de sua própria biografia.
Para o coordenador geral da EJAI, Ricardo Almeida, é importante porque parte do princípio identitário do aluno e seu pertencimento ao ambiente onde ele vive.
"Que cultura representamos em Maceió, que pertencimento a gente tem nessa cultura, quais os costumes e hábitos que faço que contribuo com a cultura local? A partir desse princípio, norteamos todo o currículo deles, trazemos os campos de experiências, as habilidades dentro dos componentes curriculares para a gente fomentar a cultura em nosso município", disse o coordenador.
Além disso, Ricardo também explicou que a metodologia traz pontos de investigações da realidade do aluno e auxilia na problematização acerca do contexto da cidade. "No caso da cultura, vamos trazer a musicalidade, a questão dos hábitos de Maceió, os pontos turísticos, a nossa alimentação e a questão do empreendedorismo na cidade. O intuito é fazer uma articulação de conhecimentos", concluiu.
Cada escola propõe suas atividades e direcionamentos dentro dos componentes curriculares. Uma dessas escolas é a Hermínio Cardoso, localizada no bairro do Fernão Velho. A unidade atende 213 estudantes da EJAI. Lá as atividades do projeto já foram iniciadas como, por exemplo, a análise da carteira de identidade e a investigação do nome do aluno.
A coordenadora pedagógica da escola, Thâmara Xavier da Silva, está desde 2010 na rede municipal e há oito anos na coordenação. Ela acompanha as ações do projeto com os alunos e auxilia na manutenção das atividades na sala de aula. Thâmara contou que o projeto foi recebido com entusiasmo e, logo em seguida, houve um trabalho de planejamento coletivo.
"É um projeto que abrange muito bem a realidade dos alunos. Iniciamos com um levantamento de hipóteses, partindo do que o aluno conhecesse sobre o que é identidade e cultura. As ações estão sendo diversas e em todas as disciplinas. Eles conheceram suas árvores genealógicas, texto informativo sobre identidade cultural e informações que costam no RG", relatou a coordenadora.
Thâmara também disse que ações como essas auxiliam o aluno a conhecer melhor sua origem e passa a ter um conhecimento crítico em relação ao lugar que está inserido.
"Através dessa inserção em sua origem, o aluno descobre os seus direitos, deveres e importância na sociedade. Estamos tendo uma boa participação e um retorno gratificante deles, pois através desse projeto os alunos estão conhecendo suas raízes", afirmou Thâmara.