“Minha gratidão em contribuir com a administração de um hospital conceituado como o HMA, que é referência no tratamento humanizado. Parabéns a todos os colaboradores que se doam nesses dois anos e fazem a diferença na vida dos alagoanos”, parabenizou o diretor-geral, Ajax Caldas.
Estrutura
Atualmente, o HMA conta com 223 leitos, atendendo casos clínicos, enfermaria, AVC, UTI Geral e para pacientes Covid-19, de acordo com a quantidade de casos que chegam. A demanda dos pacientes vem das Unidades de Pronto Atendimento de Alagoas (UPAs) e recebem o tratamento necessário para sua recuperação. Nesses dois anos de funcionamento, o centro de imagens realizou mais de 20 mil exames, entre tomografias, ultrassonografias, ecocardiogramas, electrocardiogramas, endoscopias, colonoscopias e raios-x. Mais de 625 mil exames laboratoriais e mais de 3.600 consultas ambulatoriais, com maior procura por cirurgião geral, mastologista e neurologista.
Mais um marco para o HMA nesses dois anos foi a implantação do Ambulatório Pós-Covid-19, criado com a finalidade de monitorar os pacientes com tromboses e anticoagulação, por meio da assistência hematológica. Ele oferece acompanhamento mais preciso no uso dos anticoagulantes, pelo risco de complicações em seu uso, mantendo assim uma assistência mais completa, minimizando as sequelas deixadas pela doença.
Com a redução do vírus, o atendimento do Ambulatório Pós-Covid-19 foi ampliado para outras patologias benignas relacionadas à hematologia. “O número de atendimentos vem crescendo gradativamente e esperamos ampliar este serviço para outras patologias de maior complexidade”, pontuou o médico Manoel Correia de Araújo, que atua no Ambulatório Pós-Covid-19.
Vitória da Vida
Uma das histórias mais relevantes de recuperação de Covid-19 no HMA é a da assistente social Francisca Souza, que chegou de Manaus como paciente grave e, após 12 dias internada, hoje é uma das colaboradoras do serviço social do hospital. “Cheguei com a saturação 19 e confesso que renasci, a partir dos cuidados que recebi no Hospital Metropolitano, referência em humanização. Fez tanto bem a mim que, após receber alta hospitalar, me mantive no Estado e hoje faço parte do quadro do HMA como assistente social, ajudando a salvar outras vidas e retribuindo ao Estado o atendimento que fez toda diferença na minha vida”, agradeceu.
Nos últimos nove meses, após a mudança de chave da unidade hospitalar, que anteriormente só atendia pacientes com Covid-19, foram registrados 578 procedimentos cirúrgicos. Só este ano aconteceram 332, nas especialidades de cirurgia geral, cabeça e pescoço, cardiovascular, neurocirurgia, cirurgias plásticas e urologias. As cirurgias plásticas correspondem às beneficiadas pelo programa Ame-se, uma iniciativa pioneira do Hospital Metropolitano de Alagoas e único no Estado que faz a reconstrução mamária.
Desde a implantação em janeiro de 2021, 70 mulheres foram atendidas e, destas, 21 foram operadas. As pacientes chegam encaminhadas pelo Sistema de Regulação do Estado (SISREG), a partir da solicitação da Unidade Básica de Saúde (UBS). Até chegar à mesa de cirurgia plástica, elas passam pela consulta com a mastologista, psicólogo, nutricionista e cirurgião.
“Esse programa traz um impacto enorme na vida das nossas pacientes e somos um dos poucos hospitais públicos no País com esse programa de reconstrução mamária para mulheres mastectomizadas. A quantidade de 21 mulheres operadas pode ser vista como um número pequeno, mas, dados do DataSUS mostram que em Alagoas houve anos em que apenas uma, quatro ou cinco reconstruções mamárias. Vários fatores provocam essa baixa, porque muitas mulheres têm medo, não procuram ajuda e não querem passar pela reconstrução, que gera uma melhora emocional, sexual, estética, entre outros benefícios. O início da reconstrução impacta em tudo isso”, disse a coordenadora do Programa Ame-se, Francisca Beltrão.
Pelos depoimentos de pacientes é possível ver o quanto o programa impacta na vida delas. N.E.F.J, de 43 anos, diz que o Ame-se fez toda diferença em sua vida. Após cinco anos mastectomizada, ela colocou o expansor na mama direita e se sente uma nova mulher. “Passei a me aceitar, porque estava sem conseguir me olhar. Gratidão por cuidar de nós e trazer nossa autoestima de volta”, agradeceu.
AVC Dá Sinais
Outra grande referência do HMA é o Programa AVC dá Sinais, implantado em agosto do ano passado para receber pacientes encaminhados pelas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), via aplicativo Join, com sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hoje conta com 12 leitos. Em oito meses de implantado, mais de 300 pacientes foram atendidos pelo setor que tem diminuído o número de sequelas pela doença em Alagoas.
A coordenadora do programa, Rebeca Teixeira, comemora a certificação internacional recebida pela Word Stroke Organization – Organização Mundial em AVC. Após visita ao hospital, em outubro de 2021, verificou-se que atendia aos critérios da WSO e foi certificada, sendo a única em Alagoas entre hospitais públicos e privados.
“Fomos certificados internacionalmente como centro essencial de AVC e o HMA é o único de Alagoas com essa certificação, que tem validade até 2023, o que mostra quanto o Hospital Metropolitano se envolve para dar o seu melhor aos pacientes que chegam até nós”, comemorou a coordenadora.
E.S.S, de 62 anos, disse que de repente sentiu sua boca entortar e as forças das pernas sumirem. Ele estava tendo um AVC e, lembra que ao chegar no Hospital Metropolitano foi bem atendido e recebeu uma atenção maravilhosa. Após 15 dias internado na Unidade de AVC, hoje comemora seu completo restabelecimento. “Só tenho a agradecer o tratamento que recebi e hoje não tenho sequelas, graças a Deus. Voltarei para a reavaliação em agosto porque recebemos o acompanhamento para que não tenhamos outro derrame”, disse o paciente.
Ao completar dois anos, mais uma iniciativa marca o cunho social do HMA, com a primeira cirurgia realizada no próprio hospital para retirada de córneas para doação, após autorização da família. Com a iniciativa, até duas pessoas podem realizar o sonho de receber os órgãos.
Todo o procedimento para que a cirurgia acontecesse dentro dos trâmites legais, com o acolhimento à família, a devida autorização e posterior liberação do corpo para o sepultamento foi feito pelos setores de enfermagem e Serviço Social. A cirurgia foi realizada pela enfermeira Paula Weslânnya, integrante da comissão de transplantes, juntamente com a equipe do banco de olhos do Hospital Universitário (HU), equipe capacitada para a realização de um procedimento como esse.