Atenta ao crescimento do número de casos de Meningite Viral registrados nas últimas semanas epidemiológicas, a Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Transmissíveis e Não Transmissíveis (GVDATNT) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu uma ação pontual de vacinação na Escola Municipal João Feitosa, localizada no bairro do Rio Novo.
Para evitar a proliferação do vírus e reforçar a imunidade das crianças contra as demais agravos preveníveis da infância, foram disponibilizadas, além das vacinas da Meningocócica C e a CWY – de reforço contra a doença – doses contra a Covid -19, HPV, Influenza, Antitetânica, Hepatite B, Tríplice Viral e dTPA.
“A orientação da SMS é atingir o máximo de cobertura em todas as vacinas do calendário vacinal, especialmente da população infantil e idosos, que são mais vulneráveis. E também reforçar a importância da vacinação, na prevenção dessas e outras vacinas que ajudam a evitar consequências graves como a que ocorreu aqui”, destacou a enfermeira Arly Santa Maria.
A movimentação na unidade escolar refletiu a preocupação que tomou conta da comunidade do Rio Novo na última semana, quando uma aluna de 7 anos foi a óbito em decorrência da doença. A ação, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e apoio da Gerência de Imunização do município, teve como objetivo fazer o bloqueio vacinal contra o agravo, resguardando a saúde a saúde da comunidade escolar e da população do entorno da unidade.
“Foi uma fatalidade, mas abalou todo mundo ver uma criança saudável, amorosa e participativa passar por isso. Porém, isso foi um alerta, tanto para nós quanto para os pais, para que a gente procure chamar a atenção dos responsáveis para resgatar o cuidado com a atualização do cartão vacinal dos nossos alunos”, ressaltou a diretora da unidade escolar, Suely Barbosa.
Suely conta que, logo que tiveram conhecimento sobre a motivação do óbito da aluna e acionaram as autoridades das áreas da Saúde e da Educação, foram prontamente atendidos, com todas as medidas necessárias.
Além da vacinação no local – para os 290 alunos, funcionários da unidade e comunidade do entorno da unidade – uma equipe da Coordenação de Vigilância Epidemiológica da SMS fez uma visita técnica à escola, aproveitando a mobilização para esclarecer dúvidas e orientar os pais.
“Essas famílias estão amedrontadas com o que aconteceu, por isso, fizemos uma apresentação sobre o agravo, informando sobre os sintomas, esclarecendo dúvidas e orientando que, logo que os primeiros sinais surjam, procurem uma unidade de saúde para a devida avaliação médica”, afirmou a técnica Ana Patrícia Ramos, que integrava a equipe da CVE no local, composta também pelas técnicas Audrey Gerônimo e Verlane Moura.
A dona de casa Sirlene Maria da Silva chegou cedo à escola para vacinar o pequeno José Marcos. Ele tem 7 anos e é uma criança com Down. Para ela, ouvir falar em casos de Meningite passou a ser um pesadelo depois de ter perdido o primeiro filho, em 2007, aos 3 anos.
“Depois de ter vivido o que eu vivi com essa doença e que me causa sofrimento até hoje, eu não podia deixar de participar dessa ação, pra ver se meu filho precisava de algum reforço. Não dá pra relaxar com essa precaução”, disse Sirlene.
Mãe da pequena Samanta, de 8 anos, a dona de casa Amanda Oliveira falou que ficou muito triste ao saber do que ocorreu, principalmente com o fato da doença ter evoluído ao ponto de penalizar uma criança com um óbito.
“Como mãe, a gente fica pensando que podia ter acontecido com qualquer um, inclusive com o próprio filho e aí a preocupação aumenta. Por isso, achei muito boa essa iniciativa de trazer as vacinas para a escola, pois muitas mães aqui têm filhos com vacinas atrasadas”, atestou.