10/05/2021 às 01h08min - Atualizada em 10/05/2021 às 01h08min

Alagoas: Ano de 2021 é o menos violento de toda a década em território alagoano, apontam dados da Segurança

Por: Redação - Rodrigo Gomes
Rede alagoana de notícia
Foto: Márcio Ferreira
 

Marcado por quedas acentuadas nos indicadores de criminalidade em Alagoas, o ano de 2021 vem se consolidando como o menos violento no estado em toda a década. O cenário é totalmente oposto ao de dez anos atrás – quando Alagoas e Maceió se destacavam negativamente como o estado e a capital mais inseguros do Brasil. Em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (10), o governador Renan Filho e o secretário da Segurança Pública, Alfredo Gaspar, apresentaram os dados relativos aos quatro primeiros meses do ano, que mostram tanto uma redução brusca nos principais tipos de crime em relação a 2020, quanto os menores números de toda a série histórica, contabilizada desde 2012.


Nos números acumulados entre janeiro e abril deste ano, o estado registrou menos 19,4% homicídios em relação ao mesmo período do ano passado, com 399 mortes violentas contra 495 em 2020. O número é o menor em dez anos: no primeiro quadrimestre de 2012, foram registrados 829 assassinatos em Alagoas. “Em 2014, no ano antes de assumirmos a gestão, foram 825 homicídios no quadrimestre e, este ano, foram 399, menos da metade. No mês de abril daquele ano, foram 221. Hoje [em abril de 2021], tivemos um terço das mortes [83], quase 70% de redução em relação ao governo anterior”, destacou o governador.

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“O estado de Alagoas saiu do noticiário nacional de violência há um bom tempo. E, com essa queda que estamos tendo, quando consolidarmos os números no Brasil inteiro, certamente seremos – nesse período de 2014 para cá – o estado que mais reduziu violência no Brasil. Não foi apenas um esforço, foi o esforço mais bem-sucedido do país, que imprimiu a maior redução de números no Brasil”, afirmou Renan Filho, apontando que a capital, Maceió, segue a mesma tendência do estado.


Em Maceió, a queda nos homicídios foi de 19,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. São 117 mortes violentas, enquanto no mesmo período do ano passado foram 146. O menor número da história contrasta com os 320 registros em 2012, quase três vezes mais assassinatos. “A violência em Maceió hoje é um terço do que já fora. Ou seja, para cada pessoa que morre hoje, nos anos de 2012, 2013 e 2014 morriam três pessoas”, explicou o governador.


Roubos – Os crimes que dão mais sensação de insegurança à população também vêm caindo ao longo dos últimos anos e atingiram os menores registros em 2021. Os assaltos ao transporte coletivo urbano em Maceió – apenas 20 casos de janeiro a abril deste ano – reduziram 42,9% em relação ao primeiro quadrimestre de 2020. Em comparação com 2014, quando ocorreram 446 assaltos a ônibus nos quatro primeiros meses do ano, a redução é de mais de 95%. O mês de abril deste ano zerou as ocorrências desse tipo.
 

Nos roubos a veículos de passeio, com 129 ocorrências em todo o estado, a redução foi de 35,5% quanto ao período de janeiro a abril do ano passado, e de praticamente dois terços em relação a 2014, quando a Segurança Pública teve 387 registros do tipo. Para o roubo de motocicletas, a queda foi de cerca de 50% em relação ao mesmo período de 2014: de 995 para 492 em todo o estado. A redução é ainda mais significativa em Maceió, passando de 391 em 2014 para 106 nos quatro primeiros meses desse ano.


Sem registrar assaltos a bancos desde setembro de 2019, a Segurança Pública também aumentou em 436,2% a apreensão de drogas (1.897,2 kg) no primeiro quadrimestre de 2021, comparado ao mesmo período do ano passado, e apreendeu 29,9% mais armas ilegais (717 armas).


“No passado, fingia-se que fazia segurança e o cidadão não tinha nem informação. Não se fazia essa reunião aqui [com a imprensa]. A política de segurança era, no máximo, entregar uma viatura para trocar uma outra sucateada, e o Estado sem nenhuma capacidade de reação”, relembrou Renan Filho.


O secretário Alfredo Gaspar destacou que a valorização dos servidores e a estruturação física das forças de segurança fazem a diferença no enfrentamento à violência. “Os números não mudaram num passe de mágica. Alagoas passou quase duas décadas de derramamento de sangue. Foi persistência e o governador nos conduziu a esse patamar”, afirmou.


Concurso e convocação na PM – Na coletiva, o governador antecipou que o edital para o novo concurso da Polícia Militar será liberado nos próximos dias. O certame vai oferecer 1.000 vagas para o cargo de soldado e 60 para o de oficial combatente. Além disso, o Governo do Estado distribuirá entre os batalhões da corporação, imediatamente, os 800 novos policiais militares que se formam na próxima segunda-feira (17).


Com esse reforço, junto aos futuros PMs do próximo concurso, o Governo ampliará programas importantes como o Força-Tarefa e o Ronda no Bairro, além de garantir o efetivo necessário para os novos Centros Integrados de Segurança Pública (CISPs) que serão inaugurados e construídos no estado.


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