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25/01/2024 às 13h12min - Atualizada em 25/01/2024 às 13h12min

'TAN,TAN,TAN': JHC dá calote em artistas de Maceió, mas faz 'pix' adiantado de 8 milhões para a Beija-Flor do Rio.

Os forrozeiros mandam o recado: "Seu prefeito, por favor, pague nosso cachê."

Reprodução
Na batida do "hino" Asa Branca, os forrozeiros de Maceió estão cobrando, sete meses depois, os cachês prometidos no São João de 2023: "Seu prefeito, por favor, pague o nosso cachê, seu prefeito, por favor, pague o nosso cachê!" O protesto virou destaque no programa Plantão Alagoas (TV Ponta Verde) nessa terça-feira (23/1). 

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Cobrança em ritmo de forró: JHC é cobrado por forrozeiros

Segundo a representante da Associação dos Forrozeiros de Alagoas, o valor devido a 25 artistas locais é de R$ 60 mil, com cada um recebendo, em média, R$ 2 mil de cachê. "Isso é só a metade do que pagaram nesse evento aí (falando do Massayó Verão), que teve cachê mínimo de R$ 120 mil", conta Rosiane Pedrosa, da Asforral.

Enquanto a galera tá na bronca, o prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, o JHC (PL), acabou de pagar adiantados R$ 8 milhões de patrocínio, grana do contribuinte, para a Escola de Samba Beija-Flor do Rio de Janeiro. Foram 5 parcelas de R$ 1,6 milhão, três pagas ainda em 2023, somando R$ 4,8 milhões, e as outras duas, R$ 3,2 milhões, foram pagas no dia 19 de janeiro de 2024, quase um mês antes do carnaval.

Os forrozeiros e artistas populares reclamam também do tratamento diferenciado dado aos artistas nacionais. "Eles recebem 50% no dia e 50% para subir no palco", conta Gil Neves, um dos forrozeiros que participou do protesto, se referindo às atrações nacionais do Massayó Verão. 

A prefeitura de Maceió, conforme o Portal da Transparência, já soltou mais de R$ 7 milhões para os artistas nacionais que se apresentaram no Massayó Verão, e a maioria pegou a grana no dia da apresentação ou no seguinte.  

Eles tocaram no São João, levaram alegria para o público e também querem receber. "Dois mil reais era nosso cachê. Existem muitas promessas, mas a grana na conta até agora nada", desabafa Giseldo Barbosa, outro forrozeiro que participou do protesto. 

Pelo menos 25 grupos musicais ficaram na saudade depois de terem sido contratados para animar a festa junina de Maceió em 2023. "Merecemos mais valor, são tantos artistas bons aqui, trabalhamos pra caramba e até agora, nada", reclama outro artista. 
"Falta compromisso da gestão pública com a cultura popular. O débito total para resolver o pagamento é de R$ 60 mil reais. Eles prometeram e até agora nada", destaca Rosiane.

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