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04/06/2021 às 15h47min - Atualizada em 04/06/2021 às 15h47min

Estudo da Fiocruz mostra que variante P1 do coronavírus escapa de anticorpos e tem potencial para causar reinfecção

Por: Redação - Rodrigo Gomes
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Pesquisador alerta que expansão da cepa, batizada de gamma, pode aumentar risco de terceira onda da pandemia; vacinação completa pode eliminar sua disseminação
 
Dominante no Brasil, a variante P1 do coronavírus, rebatizada de gamma pela Organização Mundial de Saúde (OMS), pode puxar uma terceira onda da pandemia para a qual a maioria da população estará vulnerável. Inclusive quem já teve Covid-19 e, em tese, conta com anticorpos neutralizantes, mas ainda não recebeu as duas doses das vacinas. Uma dose não é garantia de imunidade. Somente duas são efetivas.  Um novo estudo mostra que ela escapa dos anticorpos da infecção natural pelo Sars-CoV-2, o que evidencia significativo potencial de reinfecção. Porém, a gamma não consegue fugir das vacinas em uso no Brasil.
 
Os cientistas destacam a urgência de aumentar o ritmo de vacinação no Brasil e de manter cuidados de distanciamento social, uso de máscara e higiene. Apenas 10,74% da população recebeu duas doses e, assim, está imunizada.
 
A segunda onda da pandemia foi puxada, sobretudo em seu início, pela variante P2, agora chamada de zeta. Mas essa variante, originada no estado do Rio de Janeiro e que rapidamente se espalhou pelo Brasil entre o fim de 2020 e o início de 2021, não consegue se livrar do ataque dos anticorpos gerados por infecção anterior pelo Sars-CoV-2, de acordo com o novo estudo.
 

Já a gamma, identificada pela primeira vez em Manaus em novembro de 2020, se propagou com mais intensidade em 2021, provocou muitos casos e agora já é majoritária no Brasil.

— Embora a gamma seja muito importante na segunda onda, se tivermos uma terceira onda ela será absoluta. Isso significa maior probabilidade de reinfecções e de novos casos, pois ela é mais transmissível, gera enorme carga viral. O predomínio da gamma agora é uma diferença muito importante — afirma o coordenador do estudo e pesquisador da Fiocruz Pernambuco, Roberto Lins.

 

 

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