26/06/2021 às 21h48min - Atualizada em 26/06/2021 às 21h48min

Professora da Ufal é uma da 21 mulheres mais influentes do mundo em mobilidade

Por Redação - Rodrigo Gomes
Rede alagoana de notícia
 

O trabalho dela é informar para conscientizar. A professora Jessica Lima, do Centro de Tecnologia (Ctec) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) é uma ativista da mobilidade urbana, dedica estudos e pesquisas na área de economia de transportes e mantém ativo um perfil na rede social Instagram e um posdcast no Spotfy para divulgar informações sobre o assunto. Todo esse empenho foi reconhecido ao despontar o nome de Jéssica na lista das 21 mulheres mais influentes do mundo na mobilidade.

O anuário da Vulog, instituição pioneira e líder em mobilidade compartilhada, foi publicado nesta quinta-feira (24) e destacou a professora da Ufal entre as mulheres notáveis que estão impulsionando a revolução da mobilidade em suas respectivas áreas de especialização.

“O relatório Top 21 of 2021 Influential Women in Mobility  garante que as mulheres incríveis que impulsionam a mudança no cenário da mobilidade tenham voz e sejam honradas por suas contribuições para a indústria e a sociedade em geral”, enaltece a publicação. “Ao entregar o microfone às mulheres mais importantes do setor em mobilidade, ganhamos insights importantes sobre sua visão de como a mobilidade apoia e impacta os esforços globais, especialmente quando se trata de usar a mobilidade como uma forma de acelerar a sustentabilidade e promover a inclusão”, completa.

Apenas Jessica e outra brasileira, a professora Luciane Neves Canha (UFSM), estão na lista. Elas foram indicadas à Vulog para a edição de 2021 e precisaram responder à seguinte questão:  Qual sua visão de como a mobilidade apoia e impacta nas mudanças globais para acelerar a sustentabilidade e promover a inclusão?

A professora da Ufal enviou sua resposta que foi publicada no anuário, junto com a perspectiva das outras 20 mulheres mais influentes do mundo na área.

“Uma boa mobilidade é essencial para atingir os objetivos de equidade. Se todos os serviços e oportunidades disponíveis em uma região funcionam perfeitamente, mas a população não tem acesso a eles, eles não serão eficazes”, diz o trecho da fala de Jéssica.  “Num mundo em que os recursos são cada vez mais escassos, existe também a necessidade de se considerar a mobilidade aliada ao uso do solo para encurtar distâncias e possibilitar a utilização de meios de transporte ativos, bicicleta e pedestre, além de promover novas tecnologias mais limpas onde o transporte motorizado é inevitável”, segue.

Em sua participação no relatório, a docente reforça que “a mobilidade e o transporte têm um papel decisivo na redução das desigualdades e na promoção de uma melhor qualidade de vida hoje e para as próximas gerações”.

Confira a publicação completa aqui.

Influente e incansável

Jessica Helena Lima é doutora em Engenharia de Transportes e Gestão das Infraestruturas Urbanas pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), revisora das revistas Journal of Transport Geography Revista Transportes, e atua principalmente nos temas: acessibilidade, inclusão social, motocicleta, gênero, tempo de deslocamento ao trabalho, mobilidade e polo gerador de viagens.

Desde o ano passado a professora iniciou um projeto de extensão intitulado Atransportista, com o objetivo de promover a divulgação científica sobre mobilidade e transportes em mídias sociais e em formato de podcast. Ela conta que é o resultado que estimula a continuidade dessa missão:

“Nem sempre é fácil, ainda mais em tempos de pandemia, manter a constância de criar conteúdos informativos e divertidos sobre mobilidade urbana. No entanto, reconhecimentos como este e relatos que chegam com frequência de pessoas dizendo que mudaram sua forma de compreender os deslocamentos na cidade e mesmo técnicos de prefeituras que usam os posts para convencer os prefeitos em prol de uma mobilidade mais inclusiva e sustentável, isso me mostra que o esforço vale a pena”.


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