05/09/2021 às 22h59min - Atualizada em 05/09/2021 às 22h59min

Bolsonaro faz nova ameaça e diz que 7/9 é ultimato a ministros do STF

Por: Redação - Rodrigo Gomes
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© Ansa Brasil Bolsonaristas planejam manifestação no próximo dia 7 de setembro
 

(ANSA) - O presidente Jair Bolsonaro repetiu nesta sexta-feira (3) ameaças golpistas e afirmou que as manifestações do próximo dia 7 de setembro serão um "ultimato" para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Sem citar nomes, o líder brasileiro falou em "renovação no Supremo e ressaltou que não critica instituições ou Poderes, mas sim pessoas pontuais. Os ataques são destinados aos ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tendo em vista que as últimas críticas foram concentradas a ambos.

"Nós não criticamos instituições ou Poderes. Somos pontuais. Não podemos admitir que uma ou duas pessoas que usando da força do poder queiram dar novo rumo ao nosso país", disse Bolsonaro.

Segundo ele, "essas uma ou duas pessoas tem que entender o seu lugar" e o recado do "povo brasileiro, nas ruas, na próxima terça-feira(7), será um ultimato para essas duas pessoas".

"Curvem-se à Constituição, respeitem a nossa liberdade, entendam que vocês dois estão no caminho errado porque sempre dá tempo para se redimir", alertou.

A nova ameaça golpista foi deita durante discurso para apoiadores em cerimônia em Tanhaçu (BA) para a assinatura de um contrato de concessão da Ferrovia Integração Oeste Leste (Fiol).

Os ultimatos de Bolsonaro, porém, não dependem da sua vontade ou das manifestações, já que a única forma dos ministros do sofrerem um impeachment é por meio de uma decisão do Senado.

Recentemente, o presidente chegou até a apresentar um pedido para destituir Moraes, mas a solicitação foi rejeitada pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

Inicialmente, o protesto marcado para a próxima semana tinha como bandeira a defesa do voto impresso, ideia defendida por Bolsonaro em meio a alegações infundadas. Porém, nas últimas semanas, ele passou a falar sobre os atos como uma defesa da liberdade.

"Nós não precisamos sair da quatro linhas da Constituição, ali tem tudo que precisamos. Mas se alguém quiser jogar fora destas quatro linhas, nós mostraremos que poderemos fazer também", disse Bolsonaro, que prometeu comparecer na mobilização.

Por fim, o presidente ressaltou que quem dá o ultimato sempre é o povo. "Após o 7 de Setembro, que ficará para todos nós com essa demonstração gigante de patriotismo visto em todos os cantos do nosso Brasil, duvido que aqueles um ou dois que ousam nos desafiar, desafiar a Constituição, desrespeitar povo brasileiro, saberá voltar para o seu lugar, Quem dá o ultimato não sou eu, é o povo brasileiro", concluiu. (ANSA)

 

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