Arlindo Garrote está como Coordenador da Coordenadoria Estadual do Departamento Nacional de Obras e Secas (DNOS). O processo que envolve a família Garrote corre em segredo de Justiça, mas os pedidos de afastamento dos cargos serão cumpridos ainda nesta quarta-feira (15) por agentes da Polícia Federal.
A ação é referente a Operação Aurantium da Polícia Federal, que investiga um esquema fraudulento com participação de agentes públicos do município de Estrela de Alagoas, juntamente com supostos empresários, contadores e laranjas.
O grupo, segundo a investigação da PF, teria fraudado dois procedimentos licitatórios, nos anos de 2013 e 2017, a fim de justificarem as contratações de três empresas inidôneas, que serviram apenas para emitirem notas fiscais frias visando acobertar os vultosos desvios de recursos públicos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação - FUNDEB, Programa Nacional do Transporte Escolar PNATE e Sistema Único de Saúde
Segundo as investigações, já foi comprovado que o grupo causou um prejuízo de quase R$ 20 milhões aos cofres do município. Tais contratações fraudulentas perduraram de 2013 até 2015 e de 2017 até 2020. Os policiais federais identificaram que, entre 2013 e 2015, a empresa contratada, que existia apenas “no papel”, recebeu R$ 12.951.213,73 dos cofres públicos de Estrela de Alagoas, sendo comprovado que aproximadamente R$ 10.000.000,00 foram sacados “na boca do caixa”, logo após o dinheiro sair dos cofres do município.
Por conta do segredo de justiça no processo, a Justiça não pode fornecer maiores detalhes sobre a investigação.