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O maior conjunto de ações de combate aos efeitos da extrema pobreza da história de Alagoas será anunciado às 9h desta terça-feira, pelo governador Paulo Dantas, na cidade de Arapiraca. Denominada Pacto Contra a Fome, a estratégia representa um esforço concentrado para levar alimento a famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional grave, congregando programas já existentes e implantando medidas emergenciais de busca ativa, para maior alcance na assistência à população em extrema pobreza.
A ideia do Governo de Alagoas é potencializar a ação dos programas de governo capazes de fortalecer o esforço no amparo aos alagoanos e alagoanas em situação de insegurança alimentar.
CONTEXTO
O Brasil tem registrado um grave e acelerado crescimento no número de pessoas que passam fome. Divulgado no início deste mês de junho, o 2º Inquérito Nacional Sobre Segurança Alimentar no Contexto da Pandemia Covid-19 no Brasil (Vigisan), realizado pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) aponta uma situação dramática. O país soma 33,1 milhões de pessoas sem ter o que comer diariamente. Quase o dobro do contingente em situação de fome estimado em 2020.
Como ocorre historicamente, a situação é mais grave nas regiões Norte e Nordeste do país. Segundo o levantamento, os estados nordestinos somam mais de 12 milhões das pessoas em situação de insegurança alimentar grave - quando há ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre todos os moradores do domicílio, incluindo crianças. Nesse nível, as pessoas convivem com a fome no cotidiano.
Em Alagoas, não é diferente. O Estado tem uma dívida social histórica com seus cidadãos e cidadãs. E mesmo vivenciando, na atualidade, o maior investimento social de sua história, com políticas públicas de combate à pobreza, cerca de 500 mil alagoanos ainda vivem em situação de insegurança alimentar, segundo dados atualizados do CadÚnico.
As políticas implantadas pelo Governo do Estado garantiram que o crescimento da fome, no âmbito estadual, ficasse abaixo da média nacional, mesmo assim, no cenário da pandemia, agravado pela recente aumento da inflação e pela instabilidade e descontinuidade de políticas públicas de combate à pobreza no âmbito nacional, a média alagoana da população em extrema pobreza saiu de 39,9% em 2019 para 42,46% em 2022, registrando um aumento de 2,56 p.p.
E isso acendeu o alerta para a necessidade de medidas que possam conter o avanço da pobreza, para que os números não voltem a crescer. Afinal, a fome não pode esperar. É nesse contexto que o Governo de Alagoas planejou, em caráter emergencial, o Pacto Contra a Fome, que será anunciado nesta terça-feira, pelo governador Paulo Dantas.
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