É terrível, chega ser sonolento parar para assistir a uma sessão da Câmara Municipal de Maceió. Com exceção dos nomes já citados anteriormente que conseguem dar certo brilho à casa com seus discursos e projetos, o restante, minha gente, é incrivelmente monótono. Seja da bancada de situação fiscalizando o gestor municipal ou travando discussões que enriqueçam o parlamento, algo raro naquela casa, a grande maioria parece limitar-se a bater continência e se especializar na arte do puxa-saquismo. Como foi possível eleger esse tipo de representante? Que tipo de política é essa?
Até nas audiências públicas, a maioria delas esvaziadas, não há discussão política sobre o tema proposto. Apenas vemos muita gente, com raríssimas exceções, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias, onde a maioria das lideranças comunitárias transforma o evento em um breu político. Há poucos salvadores, como o Professor Higino Vieira, por exemplo.
O que vivemos, na realidade, é uma verdadeira letargia política. A quem atribuir a culpa por tudo isso? A culpa é dos eleitores que, durante as eleições, não examinam a ficha de seus candidatos, suas propostas, e em grande parte, vendem seus votos. O famoso "político 29/30" nada mais é do que alguém que anda um passo e bate continência a tudo que o gestor faz, sem nenhum questionamento e sem nenhuma discussão. É a famosa bancada do "farinha pouca, meu pirão primeiro".
Que em 2024, Deus abençoe nossa capital, e que as consciências sejam despertadas. Oremos e vigiemos para que as mentes sejam iluminadas e que homens e mulheres de bem sejam eleitos no próximo pleito que se avizinha.